A maior das dores é a que se sente em silêncio,
a que nos fere sem palavras e nos rouba as forças para chorar...
E a dor que sinto no peito,
que me esmaga o coração,
que me ergue do chão
como forca de alçapão,
é que me semeaste devagarinho,
tão cuidadosamente como se faz um ninho
que se cuida na escuridão.
A maior das dores é a que sentimos sozinhos,
a que nos faz encolher e ficar pequeninos.
2 de outubro 2009
Pandora de Montmartre
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Viagem
Quero sentir esse silêncio...
Esse susto de quem chega devagarinho.
Aos poucos tornar-me ninho,
de sonhos que surgem com cuidado.
Quero beber agua da chuva...
Conhecer os sabores do mundo.
E nesse silêncio, enrroscada no ninho,
Navegar no horizonte mais profundo.
14 de Setembro 2009
Pandora de Montmartre
Esse susto de quem chega devagarinho.
Aos poucos tornar-me ninho,
de sonhos que surgem com cuidado.
Quero beber agua da chuva...
Conhecer os sabores do mundo.
E nesse silêncio, enrroscada no ninho,
Navegar no horizonte mais profundo.
14 de Setembro 2009
Pandora de Montmartre
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Quente
Ptalas de rosa no chão
passos delicados...paixão
Ternura envolvente...beijo doce e quente...
Aroma que nos veste o coração...
No fim a pressa de o despir,
para tocar e sentir
o veludo de cada mão...
25 de julho 2008
Pandora de Montmartre
passos delicados...paixão
Ternura envolvente...beijo doce e quente...
Aroma que nos veste o coração...
No fim a pressa de o despir,
para tocar e sentir
o veludo de cada mão...
25 de julho 2008
Pandora de Montmartre
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Entre somas e sbutrações...prateleiras e arrumaçoes
Tenho-te pela metade,
tento multiplicar-te mas tu teimas subtrair-te.
Começo de novo...
Tento somar-te mais uma vez,
tu insistes em dividir-te.
Desito de tentar ser o que achei que podia,
mas para ti figurante.
Não tenho posto ao teu lado,
tenho prateleira onde me arrumo sozinha...
(com o tempo aprendi e já não preciso da tua ajuda)
onde fico e tu vens confirmar se me mantenho.
Um dia pode ser que tes esqueças,
eu fique coberta de pó e não me reconheças
me deites fora por engano e depois lamentes.
tento multiplicar-te mas tu teimas subtrair-te.
Começo de novo...
Tento somar-te mais uma vez,
tu insistes em dividir-te.
Desito de tentar ser o que achei que podia,
mas para ti figurante.
Não tenho posto ao teu lado,
tenho prateleira onde me arrumo sozinha...
(com o tempo aprendi e já não preciso da tua ajuda)
onde fico e tu vens confirmar se me mantenho.
Um dia pode ser que tes esqueças,
eu fique coberta de pó e não me reconheças
me deites fora por engano e depois lamentes.
23 de Julho 2009
Pandora de Montmartre
sábado, 18 de julho de 2009
Poção mágica
Fecho os olhos e sinto...
Inspiro desejo nos sonhos...
Chegas suave... flores na mão...
Rosas desta vez?
Não sei... anseio...
O cheiro é doce...o passo compassado com o meu palpitar...
Tocas-me...um beijo...
São jarros...os meu prediléctos...
Olho-te... "amo-te"...
E enches outra vez o meu pequeno vaso...
com ternura,
carinho,
paixão...
As flores...uma desculpa...
Tu...a verdadeira poção...
E a magia espalha-se,
sempre que me trazes um ramo de flores...
As anteriores ainda nem tempo tiveram para murchar...
e a magia não acaba...
Expiro...abro os olhos...
Ilusão....sorrio...
Um dia o meu mágico fará magia.
Sento-me....espero...
Talvez aqui ele me encontre...
Fecho os olhos e sonho...
E ele aparece....
18 de Julho 2009
Pandora de Montmartre
Inspiro desejo nos sonhos...
Chegas suave... flores na mão...
Rosas desta vez?
Não sei... anseio...
O cheiro é doce...o passo compassado com o meu palpitar...
Tocas-me...um beijo...
São jarros...os meu prediléctos...
Olho-te... "amo-te"...
E enches outra vez o meu pequeno vaso...
com ternura,
carinho,
paixão...
As flores...uma desculpa...
Tu...a verdadeira poção...
E a magia espalha-se,
sempre que me trazes um ramo de flores...
As anteriores ainda nem tempo tiveram para murchar...
e a magia não acaba...
Expiro...abro os olhos...
Ilusão....sorrio...
Um dia o meu mágico fará magia.
Sento-me....espero...
Talvez aqui ele me encontre...
Fecho os olhos e sonho...
E ele aparece....
18 de Julho 2009
Pandora de Montmartre
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Intensidades...
Ontem gostei mais de ti.
Não é que hoje não goste,
ou que goste menos.
Mas ontem sim,
ontem gostei mais de ti.
Se calhar amanha vou gostar mais que hoje,
ou mais que ontem,
ou mais que hoje mas menos que ontem,
mas desde que goste...
O importante é que continue a gostar.
11 de jnho 2009
Pandora de Montmartre
Não é que hoje não goste,
ou que goste menos.
Mas ontem sim,
ontem gostei mais de ti.
Se calhar amanha vou gostar mais que hoje,
ou mais que ontem,
ou mais que hoje mas menos que ontem,
mas desde que goste...
O importante é que continue a gostar.
11 de jnho 2009
Pandora de Montmartre
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Simplicidade pura
Não são os teus olhos azuis,
mas a forma como eles me tocam,
não são as vestes de rei,
mas as flores de camponês que me entregas...
não são as montanhas que moves
mas os sítios onde me levas
não são as formas que tentas ser,
mas quando tu és,
sem querer,
tudo aquilo que para mim foste,
sem nunca teres sido….
Não é a lua que me faz sorrir,
Nem a luz do sol que traz brilho ao meu olhar,
És tu, na mais pura sinfonia
No mais breve soneto,
Na mais doce melodia
Que me faz querer ser contigo
O que não consigo ser sozinha…
7 de Junho 2009
Pandora de Montmartre
mas a forma como eles me tocam,
não são as vestes de rei,
mas as flores de camponês que me entregas...
não são as montanhas que moves
mas os sítios onde me levas
não são as formas que tentas ser,
mas quando tu és,
sem querer,
tudo aquilo que para mim foste,
sem nunca teres sido….
Não é a lua que me faz sorrir,
Nem a luz do sol que traz brilho ao meu olhar,
És tu, na mais pura sinfonia
No mais breve soneto,
Na mais doce melodia
Que me faz querer ser contigo
O que não consigo ser sozinha…
7 de Junho 2009
Pandora de Montmartre
Tibuto a dez anos de história
Este desassossego que sinto...
ainda és tu que mo provocas.
Quero apagar-te como pegada na areia...
mas as ondas acabam sempre por te trazer.
Vejo-te ainda em sonhos...
tal como te deixei em tempos.
Sinto ainda o sabor dos teus lábios....
que tão brevemente me tocaram.
Amor não concretizado,
que morreu na praia esquecido,
onde esperei sempre por ti.
Não, foi tarde quando te quis...
e quando cheguei,
ja nem as pegadas existiam...
Este ano seriam dez anos...
9 de junho 2009
Pandora de Montmartre
ainda és tu que mo provocas.
Quero apagar-te como pegada na areia...
mas as ondas acabam sempre por te trazer.
Vejo-te ainda em sonhos...
tal como te deixei em tempos.
Sinto ainda o sabor dos teus lábios....
que tão brevemente me tocaram.
Amor não concretizado,
que morreu na praia esquecido,
onde esperei sempre por ti.
Não, foi tarde quando te quis...
e quando cheguei,
ja nem as pegadas existiam...
Este ano seriam dez anos...
9 de junho 2009
Pandora de Montmartre
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Algodão doce
Fios de ternura enrolados nos dedos…
Gargalhadas puras de inocência translúcida,
brincadeira de rua que não cansa…
Idade de ouro, cheia de esperança…
Quero voltar a comer algodão doce,
saltar á corda e jogar ao pião,
brincar ao berlinde no chão…
São fios de ternura enrolados nos dedos,
Que se contorcem quando chegam os medos…
Mas eu quero voltar a comer algodão doce…
Ter medo do escuro e do papão..
28 de Maio 2009
Pandora de Montmartre
Gargalhadas puras de inocência translúcida,
brincadeira de rua que não cansa…
Idade de ouro, cheia de esperança…
Quero voltar a comer algodão doce,
saltar á corda e jogar ao pião,
brincar ao berlinde no chão…
São fios de ternura enrolados nos dedos,
Que se contorcem quando chegam os medos…
Mas eu quero voltar a comer algodão doce…
Ter medo do escuro e do papão..
28 de Maio 2009
Pandora de Montmartre
terça-feira, 26 de maio de 2009
O vendedor de sonhos...
Passeava-se pelas ruas da calçada...
trazia consigo aspirações maiores que sonhos,
no olhar a alegria de quem sobrviveu a mais um dia.
Pendurado no pescoço um cartão,
tão gasto como as pessoas que passavam por ele na rua,
e lá dizia: Vendem-se sonhos...
Uns ignoravam aquela presença,outros riam-se e la deixavam a moeda...
Mas todos os dias há mesma hora o viam naquela avenida
e todos os dias aquele homem espalhava sorrisos...
e fazia com que todos pensassem:
"se ele me vendesse o meu maior sonho"...
E sem elas se darem conta,
ele fazia-as sonhar,
so de pensarem se fosse possivel ele vender o sonho que elas tanto queriam...
Pandora de Montmartre
26 de Maio 2009
domingo, 17 de maio de 2009
Só hoje
Não quero saber de nada...
hoje decidi ser ignorante.... só hoje.
Há quem o seja 365 dias,
um dia não me fará mal nenhum...
Pandora de Montmartre
17 de Maio 2009
hoje decidi ser ignorante.... só hoje.
Há quem o seja 365 dias,
um dia não me fará mal nenhum...
Pandora de Montmartre
17 de Maio 2009
sábado, 9 de maio de 2009
Flutuante
Quero ser vendedor de balões.
Vender fios presos a nada.
Segurar, por um fio, a leveza do que é etéreo.
Formas, cores, coisas da gnose do intangível.
Como eu gostava de descobrir
Que na verdade sou feito de nada.
Como eu gostava de me lembrar que também flutuo
Sem nenhum fio que me prenda.
Vender fios presos a nada.
Segurar, por um fio, a leveza do que é etéreo.
Formas, cores, coisas da gnose do intangível.
Como eu gostava de descobrir
Que na verdade sou feito de nada.
Como eu gostava de me lembrar que também flutuo
Sem nenhum fio que me prenda.
19-09-2006
Miguel Aleixo
segunda-feira, 4 de maio de 2009
O poder do silêncio
Ja não se sentiam como antes...
Estavam por estar, assim como que um habito...
De tão habito que ja era a presença um do outro
que ja não davam conta de estrem juntos...
E o amor morreu...
assim devagarinho...
em silêncio...
Pandora de Montmartre
4 de Maio 2009
Estavam por estar, assim como que um habito...
De tão habito que ja era a presença um do outro
que ja não davam conta de estrem juntos...
E o amor morreu...
assim devagarinho...
em silêncio...
Pandora de Montmartre
4 de Maio 2009
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Um posto diferente...
No rosto guarda as marcas de toda uma vida,
para ele efémera, para outros "coitado ja era velho".
Cada ruga é uma história que passou,
e tantas vezes lamentou
não ter mais uma para guardar...
Cada dia um passo, cada passo um momento
e bem para lá do firmamento,
sentiu nas veias o sangue
que lhe fervilhava vontade para mais.
Restou-lhe a sabedoria dos conselhos,
ja não caia tantas vezes...conhecia bem a estrada...
e quando por causa maior tropeçava,
mantinha-se firme como uma torga
e ja nada o abalava...
"Morreu de qualquer coisinha que lhe deu"...la dizia outro...
"Não, morreu de velhice,
e ser-se velho é um posto..."
(houve alguém que o disse)
"e velhos são os trapos... e nem esses velhos são,
morreu, parou-lhe o coração...
porque viver também cansa..."
Levou com ele o segredo da vida,
que cheiros o moviam,
que palavras o seguiam,
que sonhos o mantinham...
ninguém sabe....
"velhos são os trapos...e nem esses o são..."
Pandora de Montmartre
20 de Abril 2009
para ele efémera, para outros "coitado ja era velho".
Cada ruga é uma história que passou,
e tantas vezes lamentou
não ter mais uma para guardar...
Cada dia um passo, cada passo um momento
e bem para lá do firmamento,
sentiu nas veias o sangue
que lhe fervilhava vontade para mais.
Restou-lhe a sabedoria dos conselhos,
ja não caia tantas vezes...conhecia bem a estrada...
e quando por causa maior tropeçava,
mantinha-se firme como uma torga
e ja nada o abalava...
"Morreu de qualquer coisinha que lhe deu"...la dizia outro...
"Não, morreu de velhice,
e ser-se velho é um posto..."
(houve alguém que o disse)
"e velhos são os trapos... e nem esses velhos são,
morreu, parou-lhe o coração...
porque viver também cansa..."
Levou com ele o segredo da vida,
que cheiros o moviam,
que palavras o seguiam,
que sonhos o mantinham...
ninguém sabe....
"velhos são os trapos...e nem esses o são..."
Pandora de Montmartre
20 de Abril 2009
O desgaste do tempo
Porque as vezes um sorriso não basta para me tranquilizar,
porque ás vezes afagar-me o cabelo ja não me arrepia
porque em tempos ter-te era tudo o que eu não podia
e ver-te partir, esfumar a tua imagem no horizonte
era deixar comigo a esperança de que o amanha era certeza...
Tantas vezes me apeteceu chamar o teu nome,
e ver-te olhar para trás so para me acenares mais uma vez...
Porque nesse tempo eras chama em mim,
bravo cavaleiro espadachim,
rosa vermelha flamejante,
soneto de amor cantante,
aroma de primavera e jasmim...
Agora sacudo o pó entranhado nas memórias...
ainda te tenho... mas é ja um ter de não ter...
porque me pareces escapar entre os dedos
e que quanto mais agarro menos seguro
e sinto-me sozinha neste muro
por querer mas não poder ter
por ter medo de perder...
e fico assim a olhar para ti sem te ver...
não é por mal...mas rebusco outra imagem...
A ansiar que voltes a cruzar o tempo
e ver-te chegar como o vento
la longe no horizonte...
Pandora de Montmartre
20 de Abril 2009
porque ás vezes afagar-me o cabelo ja não me arrepia
porque em tempos ter-te era tudo o que eu não podia
e ver-te partir, esfumar a tua imagem no horizonte
era deixar comigo a esperança de que o amanha era certeza...
Tantas vezes me apeteceu chamar o teu nome,
e ver-te olhar para trás so para me acenares mais uma vez...
Porque nesse tempo eras chama em mim,
bravo cavaleiro espadachim,
rosa vermelha flamejante,
soneto de amor cantante,
aroma de primavera e jasmim...
Agora sacudo o pó entranhado nas memórias...
ainda te tenho... mas é ja um ter de não ter...
porque me pareces escapar entre os dedos
e que quanto mais agarro menos seguro
e sinto-me sozinha neste muro
por querer mas não poder ter
por ter medo de perder...
e fico assim a olhar para ti sem te ver...
não é por mal...mas rebusco outra imagem...
A ansiar que voltes a cruzar o tempo
e ver-te chegar como o vento
la longe no horizonte...
Pandora de Montmartre
20 de Abril 2009
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