quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Silêncio

fala-se nas ruas...mitos urbanos...
ouvem-se canções,
sopranos
e perde-se o tempo em rasgos de negritude...

ouvem-se rumores...
urlos de mar a bater em grutas clandestinas,
ecos de vozes cristalinas
e perde-se o rasto do momento...

fala-se...ouve-se...
e não se diz nada....
silêncio....shhhhhhhhhhhhh.......



20 de dzembro 2007

Pandora de Montmartre

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Divagações

Arrasto-me na conformidade dos sentidos, acomodo-me e espero...não tenho marcador de tempo, não tenho pressa... não tenho magnitude para reclamar nem discordar que o ser existente é um bicho etranho ausente que se lamenta nas memórias....dissipo-me na bruma de um sonho inerente...quebra-se o leme e fico perdida á deriva no extremo indagável do coração... e eis que surges resplandescente, vergas as sombras á tua luz...mas so eu sei a escuridão que em ti habita...e so eu sei que num segundo apenas deixamos de ser invisiveis, quando decidiste entrar e permanecer, sem questionar se o espaço te seria cedido...

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Linguagem metafórica


Senti-me desvendada ...nunca ninguém me tinha defenido tão bem. Medo e tranquilidade fundem-se numa dança clandestina entre céus e terras. O silêncio diz tudo... e as vezes basta alguém que nos acompanhe nesse silêncio para nos sentirmos menos sós...
Não obstante ao que me rodeia, permaneço secreta no meu canto e observo-te lascivo a reparar nos meus traços...escondo o meu olhar e ausento-me em pensamento...não passas de um estranho que estranhamente me cativa...fecho os olhos por momentos, quando acordo estou no meio da multidão, invisível como sempre, no meu mundo... sinto-me aliviada e no entanto, num gesto mecânico procuro-te discretamente...
Somos humanos,e não ha gelo que se entranhe em veias onde o sangue fervilha com sede de viver...
Afinal, por baixo duma camada inquebrável de gelo não existe mais gelo...mas sentimento...quando despertado emerge numa erupção...mas os danos, esses poderão ser irreparáveis e é quando surge a mais retórica das questões: valerá a pena?

17 de Dezembro 2007

Pandora de Montmartre

Sede



Deste-me água a beber duma fonte que eu desconhecia...
era doce com um trago apimentado
e depois de saboreada deixava uma sensação de levesa na boca...
No final apenas restava o vazio e a sede por mais,
que tu recusaste saciar....

17 de Dezembro 2007

Pandora de Montmartre






quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Arrepio


Rasguei um sorriso assim que meti a chave na porta de casa...estava no meu lar doce lar... no entanto ninguém imagina a vontade que eu tive de sair novamente, quando entrei e me dei conta que estava sozinha...e tal como a casa, senti-me vazia e fria... somos tão frágeis e não nos damos conta...mantemos uma rotina como defesa, mas de vez em quando a vida faz-nos acordar e reparar que afinal, nem tudo está bem...

12 de Dezembro 2007

Pandora de Montmartre