Quis amar-te em segredo como quem ama com medo...
mas tu revelas-te ao mundo todas a filosofias
e utopias sonhadas que não tiram ninguem do chão...
Quis dizer-te baixinho ao ouvido como quem embala o menino,
que um sopro de ternura
é tão breve como a loucura,
de quem fugaz se aclama....
Quis dizer-te como arde a chama,
como se queima o coração,
como diferente e a paixão
de quem quer por saber, ter o que não pode perder...
Quis dizer-te porque faltava dizer...
dar-te o que nunca te dei,
o que querias que fosse
numa gota de orvalho,
eterno retalho das palavrei que soprei...
"será pedir muito?
falta sim pedir"
Dizias tu com receio...
e quando pedis-te e eu ofereci
lacraste com ternura todas as palavras que soletrei
e perdeste-me para sempre num verso que te escrevi....
10 de Abril 2008
Pandora de Montmartre
Sem comentários:
Enviar um comentário